sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A caça as bruxas continua, por Rafaela Galindo.


As Igrejas, Caótica e Evangélica, se aproveitam do segundo turno das eleições para pregar uma falsa moralidade em defesa dos que muitos asseveram ser o “direito à vida”. Nos últimos dias, temos acompanhado o embate entre o PT e as instituições religiosas, numa atitude fascista, clerocrata e antidemocrática onde as Igrejas pressionam os partidos que se declaram a favor do casamento gay e do aborto.

Na última quarta-feira, durante visita ao Centro Integrado de Reabilitação de Teresina, a presidenciável Dilma Rousseff (PT) afirmou que se comprometerá em estudar/divulgar uma carta dizendo que não irá mexer na legislação sobre o aborto e o casamento entre homossexuais. Isso já era evidente! Num país cheio de oligarquias, onde a vontade das batinas pedófilas e dos crédulos lunáticos é soberana, não há espaço para debater questões como essas julgadas pagãs pela sociedade.

Pouco antes disso, em 2008, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assinou uma Concordata com a Santa Sé, onde uma das cláusulas se dirigia a questão da proibição do aborto, da adoção de crianças por casais homossexuais e do casamento gay. Todas as vezes que algum revolucionário agnóstico, ateu revoltado ou pastor luterano tentou viabilizar, pelo menos, o debate no País, veio o cinismo da mídia sacristã e a soberania da Igreja para brochar e acabar com alguma possibilidade de respeito aos direitos humanos.

No final do ano passado, o 3° Programa Nacional de Direitos Humanos, apresentado pelo governo, foi ceifado. Tudo para acalantar o ego das lideranças católicas e evangélicas que hoje, por coincidência, integram a maior bancada no Congresso Nacional. É uma espécie de troca de favores: eu calo a boca e você me dá os votos (as cabeças). “Vale tudo em nome do Senhor”. Num País que ainda sofre as conseqüências da catequização dos índios, a Igreja e a mídia se sentem a vontade para orquestrar nas questões relacionadas à liberdade individual. Em favor da manutenção do poder, temos a nossa liberdade limitada. Fim à liberdade!

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