quarta-feira, 23 de maio de 2012

Balada da Esplanada, de Oswald de Andrade

Ontem à noite Eu procurei Ver se aprendia Como é que se fazia Uma balada Antes de ir Pro meu hotel. É que este Coração Já se cansou De viver só E quer então Morar contigo No Esplanada Eu queria Poder Encher Este papel De versos lindos É tão distinto Ser menestrel No futuro As gerações Que passariam Diriam É o hotel É o hotel Do menestrel. Pra me inspirar Abro a janela Como um jornal Vou fazer A balada Do Esplanada E ficar sendo O menestrel Do meu hotel Mas não há, poesia Num hotel Mesmo sendo 'Splanada Ou Grande-Hotel Há poesia Na dor Na flor No beija-flor No elevador

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