terça-feira, 12 de maio de 2009

O custo da insegurança, de Cláudia Parente

Que a população não está segura nas ruas do Recife, não é novidade. Mas que falte segurança quando se paga caro por um serviço ou lazer, contando com ela, não é admissível. É assim que devem se sentir as vítimas de assalto em uma boate de classe média alta, na orla de Boa Viagem. O espaço foi invadido por quatro assaltantes que roubaram e aterrorizaram os presentes.
Mesmo que alguém invoque a dificuldade de evitar assaltos, algumas medidas de segurança poderiam pelo menos dificultá-los. Como colocar um número adequado de vigilantes e usar equipamentos como detectores de metal - para coibir a entrada de pessoas armadas - e câmeras. Na boate em questão há esse equipamento. Mas de pouco adianta, já que não grava as imagens, só faz monitoramento. Sem essa ferramenta, vai ficar mais difícil identificar os criminosos. Embora segurança não seja barato, a falta de investimento nela não representa prejuízo apenas para os frequentadores desses estabelecimentos. Também custa caro aos donos.
Como atrair mais clientes quando as pessoas sabem que estão sujeitas a virar refém de um bando qualquer? Esperar que o Estado ofereça proteção é uma ilusão, já que a polícia não consegue sequer patrulhar todas as ruas da cidade. Não que esse aparato elimine a possibilidade de assalto. Mas, certamente, irá dificultá-lo.

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