Descoberta pode facilitar sua reciclagem e degradação no meio ambiente
Cientistas nos Estados Unidos desenvolveram um plástico capaz de se autodestruir, o que poderia facilitar sua reciclagem e degradação no meio ambiente. Plásticos (polímeros) são formados pela união de compostos químicos idênticos (monômeros).
Scott Phillips e Wanji Seo, da Universidade Estadual da Pensilvânia, trabalharam com polímeros de ftalaldeído, com a adição de um de dois “gatilhos” químicos (éter de silil ou éter de alil) para cada molécula de ftalaldeído que compõe o polímero.
Quando um pedaço do plástico foi exposto a íons fluoreto (de flúor) em temperatura ambiente, sua parte central, onde as moléculas estavam cobertas com éter de silil, sofreram rápida despolimerização e quebraram. As partes cobertas com éter de alil permaneceram sem alterações.
A técnica poderia ser modificada para o desenvolvimento de produtos plásticos que se degradam rapidamente quando expostos a “gatilhos” no ambiente. “Se uma sacola feita de um determinado plástico chega ao oceano, por exemplo, enzimas de micro-organismos na água poderiam fazer o material despolimerizar-se e desaparecer”, diz Phillips.
Ainda de acordo com Phillips, o uso de polímeros com “gatilhos” também tem a vantagem de fornecer um método barato de reciclagem de lixo plástico. “Isso porque os monômeros resultantes da quebra dos polímeros poderiam ser repolimerizados para criar novos plásticos, num processo, provavelmente, mais barato do que separar diferentes polímeros (plásticos) antes de começar a reciclagem”, opinou.
Até o momento, a equipe desenvolveu polímeros com “gatilhos” que reagem com íons fluoreto, paládio e peróxido de hidrogênio. Os cientistas também esperam desenvolver polímeros que respondem a enzimas. A equipe, porém, adverte que o resultado da pesquisa é apenas uma prova de conceito. Ainda é preciso encontrar polímeros que se quebram em substâncias mais ambientalmente corretas que ftalaldeído.
Outro problema é que os polímeros usados até agora são sensíveis a acidez; eles precisam ser mais estáveis para serem utilizáveis. O estudo foi publicado na revista “Journal of the American Chemical Society”.
quarta-feira, 30 de junho de 2010
domingo, 27 de junho de 2010
Fenda pode separar a África em duas, dizem pesquisadores, da BBC de Londres.
Mudanças geológicas na região de Afar, no nordeste africano, transformará parte da Etiópia e da Somália em uma grande ilha no Oceano Índico.
Segundo um grupo de cientistas britânicos que vêm monitorando mudanças geológicas na região de Afar, na Etiópia, o continente africano poderá ser dividido ao meio pelo aparecimento de um novo oceano em dez milhões de anos. “Uma fenda de 60 quilômetros de comprimento se abriu na região em 2005 e vem crescendo desde então”, descreveram os cientistas durante uma conferência da Royal Society, de Londres.
De acordo com o sismólogo e um dos coordenadores do estudo, James Hammond, da Universidade de Bristol, “um monitoramento num período de apenas dez dias verificou a expansão da fenda em oito metros”. Os pesquisadores afirmam que o processo acabará dividindo a África em dois, com parte da Etiópia e da Somália transformando-se em uma grande ilha no Oceano Índico.
A fenda começou a aparecer em 2005, após a erupção do vulcão Dabbahu, na região de Afar. O local, apesar de ainda não ter água, está localizado abaixo do nível do mar. Segundo os sismólogos, estamos presenciando um processo com ocorrência, normalmente, debaixo dos oceanos. “Partes de Afar estão abaixo do nível do mar e o oceano está separado por apenas uma faixa de 20 metros de terra do território da Eritréia”, afirmou Hammond.
“Então essa terra cederá eventualmente, o mar entrará e começara a criar esse novo oceano”, concluiu o cientista. Segundo ele, com o tempo esse oceano crescerá até separar de vez a região conhecida como “Chifre da África” do restante do continente, criando assim “uma África menor e uma ilha muito grande no Oceano Índico.
Segundo um grupo de cientistas britânicos que vêm monitorando mudanças geológicas na região de Afar, na Etiópia, o continente africano poderá ser dividido ao meio pelo aparecimento de um novo oceano em dez milhões de anos. “Uma fenda de 60 quilômetros de comprimento se abriu na região em 2005 e vem crescendo desde então”, descreveram os cientistas durante uma conferência da Royal Society, de Londres.
De acordo com o sismólogo e um dos coordenadores do estudo, James Hammond, da Universidade de Bristol, “um monitoramento num período de apenas dez dias verificou a expansão da fenda em oito metros”. Os pesquisadores afirmam que o processo acabará dividindo a África em dois, com parte da Etiópia e da Somália transformando-se em uma grande ilha no Oceano Índico.
A fenda começou a aparecer em 2005, após a erupção do vulcão Dabbahu, na região de Afar. O local, apesar de ainda não ter água, está localizado abaixo do nível do mar. Segundo os sismólogos, estamos presenciando um processo com ocorrência, normalmente, debaixo dos oceanos. “Partes de Afar estão abaixo do nível do mar e o oceano está separado por apenas uma faixa de 20 metros de terra do território da Eritréia”, afirmou Hammond.
“Então essa terra cederá eventualmente, o mar entrará e começara a criar esse novo oceano”, concluiu o cientista. Segundo ele, com o tempo esse oceano crescerá até separar de vez a região conhecida como “Chifre da África” do restante do continente, criando assim “uma África menor e uma ilha muito grande no Oceano Índico.
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Fanatismo religioso no imaginário medieval é explorado por Bergman, por Caio Rodrigues
Filmado em 1959, produção ganhou inúmeros prêmios e consagrou definitivamente o diretor sueco no cenário mundial.
Vencedor do Oscar e do Globo de Ouro por Melhor Filme Estrangeiro, além de receber a Menção Especial do Festival de Cannes, A Fonte da Donzela (Jungfrukällan, 1959), com Max Von Sydow, Birgitta Valberg e Gunnel Lindblom, é uma produção cinematográfica fascinante do mestre sueco Ingmar Bergman, no qual ele volta a explorar o imaginário medieval de O Sétimo Selo.
A história se passa na Suécia do século XIV, num país dividido, assim como toda a Europa, entre o cristianismo e o paganismo. Em uma época marcada pela intransigência e brutalidade da Igreja contra qualquer outro modo de vida, um casal de cristãos fervorosos deseja cumprir a obrigação de levar um ente puro da família para levar velas até a igreja do vilarejo, assim como diz o regulamento dogmático.
No caminho, a jovem é estuprada e assassinada por dois pastores e, sem saber, acabam indo à casa dos pais da moça pedir comida e abrigo. Com um desfecho avassalador, onde a fé dá lugar à culpa, que cede passagem ao pecado até dá origem a redenção, Bergman nos brinda com uma análise crítica da situação daqueles que acreditam e vivem por Deus.
Com roteiro de Ulla Usaksson, baseado na balada medieval A Filha de Tore (Tores Dotter/Vänge), e belíssima fotografia do genial Sven Nkvist, o filme é predominado pelo jogo de sombras e luzes em cenas deslumbrantes, que nos remetem a passagens da bíblia, como a da família reunida na mesa para cear (a última ceia de Jesus Cristo). Obra-prima indiscutível do inigualável Ingmar Bergman.
Caio Rodrigues: caiorodriguesjornalista@hotmail.com
Vencedor do Oscar e do Globo de Ouro por Melhor Filme Estrangeiro, além de receber a Menção Especial do Festival de Cannes, A Fonte da Donzela (Jungfrukällan, 1959), com Max Von Sydow, Birgitta Valberg e Gunnel Lindblom, é uma produção cinematográfica fascinante do mestre sueco Ingmar Bergman, no qual ele volta a explorar o imaginário medieval de O Sétimo Selo.
A história se passa na Suécia do século XIV, num país dividido, assim como toda a Europa, entre o cristianismo e o paganismo. Em uma época marcada pela intransigência e brutalidade da Igreja contra qualquer outro modo de vida, um casal de cristãos fervorosos deseja cumprir a obrigação de levar um ente puro da família para levar velas até a igreja do vilarejo, assim como diz o regulamento dogmático.
No caminho, a jovem é estuprada e assassinada por dois pastores e, sem saber, acabam indo à casa dos pais da moça pedir comida e abrigo. Com um desfecho avassalador, onde a fé dá lugar à culpa, que cede passagem ao pecado até dá origem a redenção, Bergman nos brinda com uma análise crítica da situação daqueles que acreditam e vivem por Deus.
Com roteiro de Ulla Usaksson, baseado na balada medieval A Filha de Tore (Tores Dotter/Vänge), e belíssima fotografia do genial Sven Nkvist, o filme é predominado pelo jogo de sombras e luzes em cenas deslumbrantes, que nos remetem a passagens da bíblia, como a da família reunida na mesa para cear (a última ceia de Jesus Cristo). Obra-prima indiscutível do inigualável Ingmar Bergman.
Caio Rodrigues: caiorodriguesjornalista@hotmail.com
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Quem não chora, não mama. Por Rafaela Galindo
Acompanhei com fervor a campanha dos fichas-limpas no Congresso Nacional. No entanto, fiquei perplexa, pois durante o trâmite, o projeto de lei sofreu inúmeras alterações, e mesmo conseguindo a aprovação sofrida na Câmara dos Deputados, no Senado (e agora com a sanção do presidente Lula), a medida corre sério risco de cair no jogo político brasileiro, que, costumamente abarca os politiqueiros no ventre da corrupção e das falcatruas.
Tudo começou, quando Michel Temer (PMDB), aspirante à vice na campanha da presidenciável Dilma Rousseff (PT), criou uma emenda permitindo o candidato “ficha-suja” entrar com recurso e recorrer, mesmo condenado. De acordo com Temer, essa mudança evita que aja “perseguição política”. Cof cof! Já a segunda alteração, apoiada pelo vice de Dilma, estabelece que o registro só será negado, caso haja alguma ação, em primeira ou segunda instância, imposta por um colegiado e não por um único juiz.
Cá pra nós, mas tudo isso não passa de balela! Mais uma das jogatinas políticas, que insiste em depender das ações morosas do sistema judiciário brasileiro, escondendo tudo na fortaleza da mentira e da miséria moral. Como se não bastasse, outra emenda foi apresentada pelo senador Francisco Dornelles (PP/RJ), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, a medida deixava claro que somente quem for condenado depois da sanção da nova lei é que será impedido de se candidatar.
A emenda criada por Dornelles pode ter o efeito de não apenas livrar os já condenados em segunda instância, como também empurrar a vigência do projeto para as próximas eleições. E mais do que isso, jogar a decisão para a última palavra do Supremo Tribunal Federal (STF). O esperto Dornelles conseguiu criar um “gatilho” que pode acabar por inviabilizá-la, pelo menos para as eleições deste ano, assim, conseguiu também fazer com que políticos, como o deputado Paulo Maluf- fundador e membro do Partido Progressista- possam se candidatar e passar incólumes pelas eleições de 2010. Até agora, o tiro parece ter saído pela culatra.
O mais engraçado é que tanto Michel Temer, como Francisco Dornelles são postulantes ao cargo de vice dos presidenciáveis Dilma e Serra respectivamente- Dornelles está sendo cogitado. Agora me responda caríssimos leitores e eleitores, como poderemos votar em pessoas que se articularam- com todas as artimanhas possíveis- para mudar o texto popular? Essas medidas só fazem materializar a idéia de que, o Congresso é formado por esse inconho corporativista, cheio de alianças políticas PMDB com PSDB ou com PT, ora, tanto faz!
O negócio é mamar. O negócio é ato secreto, castelo, farra de passagens aéreas, mensalão, caixa 2, propina, empreiteiro, doleiro, lobista, lo-la-lulismo. AAAAH! Nós somos uns sonhadores idiotas, isso sim. O projeto não foi aprovado em sua estrutura máxima, porque já condenava, de antemão, 208 deputados, além de 29, dos 81 senadores- incluindo o presidente bigodudo. Não, não gente! Talvez, nós brasileiros, estejamos precisando é de uma boa dose de crise. Sim, sim! Pois, só diante do fracasso é que sentimos o peso da nossa miséria maior. Falo isso porque, não será um projeto (por mais eficiente que seja) que irá mudar 500 anos de corrupção.
A raiz do problema está nas oligarquias que habitam os extremos do País, nas alianças anti-democráticas e na constituição leviana. Talvez, se mudarmos o foco do debate, a começar por discutir uma ampla reforma política, possamos ver o País tomar outro rumo sociopolítico. No mais, se continuarmos assim, estaremos sempre a mercê das decisões tomadas lá, lá, lá onde tudo e NADA acontece, no outro País, chamado Congresso Nacional.
Tudo começou, quando Michel Temer (PMDB), aspirante à vice na campanha da presidenciável Dilma Rousseff (PT), criou uma emenda permitindo o candidato “ficha-suja” entrar com recurso e recorrer, mesmo condenado. De acordo com Temer, essa mudança evita que aja “perseguição política”. Cof cof! Já a segunda alteração, apoiada pelo vice de Dilma, estabelece que o registro só será negado, caso haja alguma ação, em primeira ou segunda instância, imposta por um colegiado e não por um único juiz.
Cá pra nós, mas tudo isso não passa de balela! Mais uma das jogatinas políticas, que insiste em depender das ações morosas do sistema judiciário brasileiro, escondendo tudo na fortaleza da mentira e da miséria moral. Como se não bastasse, outra emenda foi apresentada pelo senador Francisco Dornelles (PP/RJ), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, a medida deixava claro que somente quem for condenado depois da sanção da nova lei é que será impedido de se candidatar.
A emenda criada por Dornelles pode ter o efeito de não apenas livrar os já condenados em segunda instância, como também empurrar a vigência do projeto para as próximas eleições. E mais do que isso, jogar a decisão para a última palavra do Supremo Tribunal Federal (STF). O esperto Dornelles conseguiu criar um “gatilho” que pode acabar por inviabilizá-la, pelo menos para as eleições deste ano, assim, conseguiu também fazer com que políticos, como o deputado Paulo Maluf- fundador e membro do Partido Progressista- possam se candidatar e passar incólumes pelas eleições de 2010. Até agora, o tiro parece ter saído pela culatra.
O mais engraçado é que tanto Michel Temer, como Francisco Dornelles são postulantes ao cargo de vice dos presidenciáveis Dilma e Serra respectivamente- Dornelles está sendo cogitado. Agora me responda caríssimos leitores e eleitores, como poderemos votar em pessoas que se articularam- com todas as artimanhas possíveis- para mudar o texto popular? Essas medidas só fazem materializar a idéia de que, o Congresso é formado por esse inconho corporativista, cheio de alianças políticas PMDB com PSDB ou com PT, ora, tanto faz!
O negócio é mamar. O negócio é ato secreto, castelo, farra de passagens aéreas, mensalão, caixa 2, propina, empreiteiro, doleiro, lobista, lo-la-lulismo. AAAAH! Nós somos uns sonhadores idiotas, isso sim. O projeto não foi aprovado em sua estrutura máxima, porque já condenava, de antemão, 208 deputados, além de 29, dos 81 senadores- incluindo o presidente bigodudo. Não, não gente! Talvez, nós brasileiros, estejamos precisando é de uma boa dose de crise. Sim, sim! Pois, só diante do fracasso é que sentimos o peso da nossa miséria maior. Falo isso porque, não será um projeto (por mais eficiente que seja) que irá mudar 500 anos de corrupção.
A raiz do problema está nas oligarquias que habitam os extremos do País, nas alianças anti-democráticas e na constituição leviana. Talvez, se mudarmos o foco do debate, a começar por discutir uma ampla reforma política, possamos ver o País tomar outro rumo sociopolítico. No mais, se continuarmos assim, estaremos sempre a mercê das decisões tomadas lá, lá, lá onde tudo e NADA acontece, no outro País, chamado Congresso Nacional.
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