Depois do feijão transgênico, cuja comercialização foi aprovada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança no último dia 15, o arroz híbrido brasileiro ganhou um impulso. A Bayer CropScience anunciou nesta quarta-feira a compra dos direitos exclusivos de licença do programa de melhoramento Fazenda Ana Paula, especializada no desenvolvimento deste arroz. A empresa não divulgou os valores do acordo.
"O segmento de arroz híbrido desempenhará um papel importante no que diz respeito ao atendimento da crescente demanda global por produção de arroz de aproximadamente metade da população do mundo. Já temos a liderança mundial em sementes de arroz híbrido com o Arize® e pretendemos aumentar ainda mais os nossos híbridos – com genética superior e uma operação de sementes híbridas de primeira classe", disse Mathias Kremer, head global da unidade de negócios de BioScience da Bayer CropScience, em nota divulgada pela empresa.
Plantas transgênicas são diferentes de híbridas. O engenheiro agrônomo Marcelo Gravina, professor associado da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e conselheiro do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), explica que a transgênica recebe material genético de espécies diferentes.
"A planta híbrida é aquela que resulta do cruzamento entre indivíduos pertencentes a duas linhas puras fenotipicamente (características físicas determinadas pelos genes e pelas condições ambientais) diferentes. Esse cruzamento pode ser por fecundação natural pelo vento ou por insetos ou ainda ela intervenção do homem através de fertilização artificial. Uma planta transgênica ou geneticamente modificada é uma aquela que contém um gene que foi inserido através da transformação genética, ao invés de adquirido naturalmente por polinização. O gene inserido, conhecido como "transgene", pode vir de outra planta ou mesmo de outra espécie completamente diferente", disse Gravina.
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