Há exatos dez anos, o mundo assistiu atônito ao atentado contra o World Trade Center, em Nova York, planejado pelo líder da rede terrorista Al-Qaeda, Osama Bin Laden. Coincidentemente, este ano, os americanos comemoraram o sucesso da operação que conseguiu eliminar Bin Laden. No entanto, nas entrelinhas desse assunto ficam inúmeras incógnitas que não será a mídia sensacionalista e imparcial que irá desvendá-las.
Pois, nesse momento, a maioria dos suplementos impressos e televisivos disseca a morte das 3 mil vítimas do atentado, com uma dose bastante norte-americana para quem é brasileiro. Claro que não podemos nos esquecer que no massacre às Torres também morreram brasileiros. Mas, no entanto, não deveríamos nos esquecer também que enquanto norte-americanos respiram “aliviados” a morte do seu inimigo número um, uma boa parte da comunidade islâmica vêm sofrendo preconceitos e sendo perseguida ao redor do mundo.
A mídia vira-lata brasileira esqueceu, por exemplo, de relembrar a população que graças a essa guerra EUA versus Islâmicos, brasileiros pagaram com a vida lá fora, ou quem não se lembra do estudante Jean Charles de Menezes, morto pela polícia, em 2005, após ser confundido com um terrorista árabe dentro de um trem. Na época, a Inglaterra e outros países europeus haviam compartilhado do sonho bélico, louco, operístico e bizarro do então presidente George W.Bush. É! No caso de Jean nada aconteceu, e no ano passado os ingleses julgaram que a Scotland Yard (polícia inglesa) agiu em autodefesa.
O fato é que a mídia trata o assunto do Oriente Médio com bastante imparcialidade, quando na verdade, como formadora de opinião, deveria informar verdadeiramente: começando pelos “porquês”. Por que Osama atacou o WTC e o Pentágono? Seria puramente a ação de um sádico louco? A história começa bem atrás e, infelizmente, não tenho como dissecá-la em um faminto artigo. Antes de tudo, deixo claro que não faço apologia a nenhum tipo de fanatismo, que seja islâmico ou americano.
Segundo Osama Bin Laden, em uma gravação feita alguns anos depois do atentado, o massacre teria ocorrido por causa do apoio norte-americano à Israel ( durante, antes e depois da Guerra Fria). Apoio esse não só político, mas financeiro. A verdade é que, nas entrelinhas da justificação dos EUA a esse apoio, envolve-se muito dinheiro, rios de petróleo e, consequentemente, a garantia da hegemonia econômica estadunidense. Prova disso é a ocupação de soldados norte-americanos no Afeganistão, que segundo os EUA estão lá para evitar maiores confrontos e terrorismo. Ao que parece, essas empreitadas norte-americanas e européias soam mais como pretexto de domínio e fortalecimento da supremacia do que o combate ao terrorismo de fato.
Chega a ser patético um presidente que ganha o prêmio Nobel da Paz no ano em que envia mais 40 mil soldadinhos americanos para o Afeganistão. Isso é prova inconteste da influência estadunidense sob as relações não somente comerciais, mas diplomáticas. Claro que nenhuma guerra é justificável, ambos os lados estão errados. Cabeças rolaram e rolarão ainda mais! O Brasil que se cuide, porque se o pré-sal realmente vingar (a expectativa é que sejam mais de 50 bilhões de barris de petróleo em 2020), os Estados Unidos podem crescer o olho e aí? Adeus a nossa Pátria Amada e Idolatrada. E então só restará o salve, salve!
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
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