terça-feira, 27 de setembro de 2011

Morre Nobel da Paz queniana aos 71 anos



NAIROBI - A queniana Wangari Maathai, que lutou em favor do meio ambiente e dos direitos das mulheres, recebendo o reconhecimento internacional e ganhando a simpatia de seus compatriotas, morreu anteontem aos 71 anos por complicações causadas por um câncer. Foi por sua ação nesta área que a militante recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2004.

É com imensa tristeza que a família de Wangari Maathai anuncia sua morte no dia 25 de setembro de 2011 após um longo e corajoso combate contra o câncer”, anunciou o Movimento do Cinturão Verde, de luta contra o desflorestamento, que ela criou em 1977.
Ela foi a primeira mulher africana a receber o Nobel. Sua luta busca promover a biodiversidade, criar empregos para as mulheres e valorizar a imagem feminina na sociedade. O Movimento do Cinturão Verde afirma ter plantado 47 milhões de árvores no continente africano.

Manifestações de respeito e carinho se multiplicaram ontem depois do anúncio da morte de Wangari. Para Achim Steiner, diretor executivo da Agência das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), a militante “era uma força da natureza. Enquanto outros usam seu poder e força vital para destruir e degradar o meio ambiente para fazer lucro em pouco tempo, ela utilizou para criar obstáculos, mobilizar as populações e defender a preservação do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável, afirmou.

O presidente queniano Mwai Kibaki lamentou a perda de um ícone internacional, que deixará um vazio no mundo da proteção do meio ambiente.
O ministro francês das Relações Exteriores, Alain Juppé, disse que Wangari Maathai era uma voz poderosa em favor de um desenvolvimento partilhado e harmonioso que vai deixar saudades no mundo.

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